terça-feira, 21 de junho de 2011

aves




As aves (l. avis) são animais facilmente reconhecíveis, pois são animais comuns e diurnos. A sua coloração e canto chamam a atenção humana e muitas fazem parte da nossa alimentação regular.

Em consequência da sua adaptação ao voo, as aves são muito mais parecidas entre si que os animais das restantes classes tetrápodes.

A forma geral do corpo é fusiforme, oferecendo uma resistência mínima ao ar.

O seu revestimento corporal de penas é único e característico, isolando o corpo e permitindo não só o voo mas também a regulação de temperatura. O voo, por sua vez, permitiu ás aves ocuparem nichos ecológicos negados a outros animais, como as regiões árcticas.

A ciência que estuda as aves é a ornitologia (gr. ornis = ave).

As aves parecem ter evoluído de répteis do tipo dinossáurio arborícola, que se alimentava de insectos. Pensa-se que deverá ter sido esta a causa para o surgimento de muitas das características consideradas típicas das aves, nomeadamente os olhos grandes, patas com boa aderência e longo focinho (mais tarde modificado para bico). Talvez tenha mesmo sido essa a origem da endotermia, pois permitia tirar partido de zonas frias em que os insectos (seu principal alimento) se tornavam lentos e inactivos.

O fóssil de ave mais antigo data de há cerca de 150 M.a. durante o período Jurássico. Este animal do tamanho de um corvo ficou conhecido por Archeopteryx lithographica e apresentava características combinadas de réptil e de ave (asas, penas, focinho com maxilares com dentes, etc.). Não é claro se voava ou planava pois não possuía o esterno em forma de quilha, necessário á inserção dos músculos das asas.

Durante o Cretácico as aves diversificaram-se e evoluíram, tornando o voo mais eficaz. Foi neste período que surgiram os antepassados das aves actuais. Outro mistério da evolução das aves é o motivo porque sobreviveram á grande extinção do final deste período, embora a endotermia talvez possa ser um factor a ter em conta.



Caracterização da classe



As suas características principais são:

Corpo forte e compacto - fundamental para uma boa adaptação ao voo, o corpo da ave é, de modo geral, relativamente pequeno, forte e compacto, com músculos poderosos;



Pele coberta de penas – a pele mole e flexível está frouxamente ligada aos músculos subjacentes e não apresenta glândulas (excepto a glândula uropigial, acima da cauda, que secreta um óleo que impermeabiliza as penas e evita que o bico se torne quebradiço).

As penas formam um revestimento leve e flexível, resistente e com inúmeros espaços aéreos úteis como isolantes. As penas das asas e cauda formam, ainda, importantes superfícies de sustentação da ave no voo. Por esse motivo, devido ao intenso desgaste que sofrem, as aves são muito cuidadosas na sua manutenção.

As penas crescem a partir de folículos, tal como as escamas dos répteis ou os pêlos dos mamíferos, e são exclusivamente epidérmicas. São formadas exclusivamente por queratina. A origem filogenética das penas não é clara, existindo teorias alternativas. Uma delas considera que as penas terão evoluído como revestimento isolante e não relacionadas com o voo.

Com excepção das avestruzes, pinguins e algumas outras aves completamente cobertas de penas, estas só crescem em certas partes do corpo, entre os quais existem espaços vazios. Existem 4 tipos de penas nas aves actuais: rémiges (penas de voo das asas, com contorno assimétrico, mais largas na parte interna, a favor do vento), rectrizes (penas de voo da cauda, simétricas), tetrizes (penas de cobertura, que proporcionam um contorno aerodinâmico) e plumas (penas muito delicadas, que formam a penugem que reveste todo o corpo).

A cor das penas é obtida por duas formas: presença de pigmentos na pena ou por reflexão da luz nas barbas da pena. Os pigmentos são variados, nomeadamente melanina (castanho a preto) e carotenóides (amarelo, laranja e vermelho). A reflexão total da luz produz plumagem branca, enquanto a reflexão parcial origina as brilhantes plumagens azuis e a maioria dos verdes. Se à reflexão se adicionar melanina obtém-se o verde azeitona, se se adicionar carotenóides um verde-alface vivo.

As penas sofrem mudas regulares, num processo gradual e ordenado, de modo a que nunca se formam áreas nuas. A mudança de penas nunca se realiza em épocas críticas (de elevado investimento metabólico), como quando se reproduzem, migram ou durante condições adversas (escassez de alimentos ou secas, por exemplo);



Esqueleto – totalmente ossificado, é simultaneamente delicado e forte, pois muitos ossos estão fundidos (o que diminui a necessidade de grandes músculos e tendões para os unir) e muitos outros são ocos. O facto de não conterem medula no seu interior torná-los-ia frágeis, pelo que são suportados internamente por uma rede de trabéculas ósseas. Muitos destes ossos ocos contêm sacos aéreos no seu interior, associados ao sistema respiratório.

O esqueleto das aves é modificado de modo a que se adapte ao voo, á locomoção bípede e á postura de grandes ovos de casca dura.

O crânio tem um côndilo occipital e o pescoço é tipicamente longo e flexível, permitindo a alimentação e o tratamento das penas.

O esterno é grande e com quilha, onde se apoiam os poderosos músculos das asas, o que impede a sua expansão durante a respiração.

A cintura pélvica é largamente aberta ventralmente, permitindo a passagem fácil dos ovos nas fêmeas. As vértebras caudais são pouco numerosas e comprimidas;



Extremidades – patas anteriores transformadas em asas para voar, que embora tenham o padrão tetrápode típico, estão bastante modificadas: o número de dedos está reduzido e muitos ossos estão fundidos. Além disso, todas as articulações da asa, com excepção da do "ombro" não são flexíveis no plano vertical. Assim, quando a ave voa as asas formam uma superfície quase plana, com batimentos apenas ao nível da ligação ao corpo, o que poupa energia.

As patas posteriores têm geralmente 4 dedos (3 virados para a frente e um para trás, o sistema ideal para se empoleirar) com garras córneas e revestidas por escamas epidérmicas, adaptadas a andar ou nadar (neste caso com membranas interdigitais). No entanto, existem aves com apenas 2 dedos no total (avestruzes, por exemplo) ou com 2 dedos virados para a frente e dois para trás (pica-paus, por exemplo).

As patas posteriores são muito fortes e resistentes, permitindo ao animal lançar-se para o ar e amortecer a aterragem;



Sistema nervoso e órgãos dos sentidos – a visão é um sentido primário nas aves, tendo os olhos grandes uma elevada acuidade visual e uma rápida acomodação. A retina contém maior número de receptores por unidade de área que os restantes vertebrados (em algumas espécies 8 vezes mais). Os olhos estão rodeados por pálpebras e membrana nictitante.

Os ouvidos abrem atrás dos olhos, protegidos por penas especiais, e são igualmente eficientes. As narinas abrem no maxilar superior, mas a quimiorrecepção (olfacto e gustação) é muito pobre, devido ao estilo de vida destes animais;



Sistema digestivo – boca rodeada por um bico pontiagudo, leve e flexível e com revestimento córneo (queratina) que cresce continuamente, para substituir possíveis desgastes. Quando aberto, tanto o maxilar inferior como o superior se deslocam, obtendo-se uma ampla abertura. A forma do bico revela os hábitos alimentares da ave, pois a sua forma está a eles adaptada.

O papo que humedece e armazena os alimentos e a moela musculosa, onde, com a ajuda de pequenas pedras, o alimento é triturado são característicos da aves. O ânus abre na cloaca.

O seu pequeno peso e elevado metabolismo levam a que as aves necessitem permanentemente de grande quantidade de alimentos de alto teor calórico. Os níveis de açúcar no sangue de uma ave são cerca de duas vezes superiores aos de um mamífero;



Sistema respiratório – os pulmões compactos estão presos ás costelas e ligados a sacos aéreos de paredes finas, que se estendem entre os órgãos viscerais. Este facto resulta da fraca possibilidade de expansão da caixa toráxica, muito rígida para melhor sustentar os músculos do voo.

Os sacos aéreos ajudam ao processo respiratório e dissipam o calor gerado pelo elevado metabolismo. A caixa vocal, ou siringe, localiza-se na base da traqueia, útil para a comunicação a longas distâncias;




Sistema circulatório – coração com 4 câmaras, glóbulos vermelhos biconvexos e nucleados;



Sistema excretor – rins metanéfricos, associados a sistema porta-hemal. Não têm bexiga pois não produzem urina aquosa, o que reduz o peso total do animal;



Regulação de temperatura – endotérmicos ou homeotérmicos, permitindo-lhes permanecer activas durante todo o ano e á noite. O surgimento desta característica nas aves parece ter sido independentemente dos mamíferos, dadas as elevadas necessidades energéticas do voo. A temperatura interna das aves ronda os 40 – 42ºC;



Reprodução – a grande maioria das aves é monogâmica (pelo menos aparentemente), formando casais reprodutores. Os machos defendem um território e realizam complexos rituais de acasalamento, exibindo-se ou cantando para atrair as fêmeas.

Todas as aves são ovíparas e produzem ovos amnióticos com muito vitelo e casca calcária. Os ovos são sempre depositados externamente (geralmente num ninho) para incubação. O ninho fornece segurança, calor e um local isolado e longe de predadores para cuidar das crias. Os materiais de construção de ninhos dependem da dis

Fonte(s):

classes das aves


As aves (l. avis) são animais facilmente reconhecíveis, pois são animais comuns e diurnos. A sua coloração e canto chamam a atenção humana e muitas fazem parte da nossa alimentação regular.

Em consequência da sua adaptação ao voo, as aves são muito mais parecidas entre si que os animais das restantes classes tetrápodes.

A forma geral do corpo é fusiforme, oferecendo uma resistência mínima ao ar.

O seu revestimento corporal de penas é único e característico, isolando o corpo e permitindo não só o voo mas também a regulação de temperatura. O voo, por sua vez, permitiu ás aves ocuparem nichos ecológicos negados a outros animais, como as regiões árcticas.

A ciência que estuda as aves é a ornitologia (gr. ornis = ave).

As aves parecem ter evoluído de répteis do tipo dinossáurio arborícola, que se alimentava de insectos. Pensa-se que deverá ter sido esta a causa para o surgimento de muitas das características consideradas típicas das aves, nomeadamente os olhos grandes, patas com boa aderência e longo focinho (mais tarde modificado para bico). Talvez tenha mesmo sido essa a origem da endotermia, pois permitia tirar partido de zonas frias em que os insectos (seu principal alimento) se tornavam lentos e inactivos.

O fóssil de ave mais antigo data de há cerca de 150 M.a. durante o período Jurássico. Este animal do tamanho de um corvo ficou conhecido por Archeopteryx lithographica e apresentava características combinadas de réptil e de ave (asas, penas, focinho com maxilares com dentes, etc.). Não é claro se voava ou planava pois não possuía o esterno em forma de quilha, necessário á inserção dos músculos das asas.

Durante o Cretácico as aves diversificaram-se e evoluíram, tornando o voo mais eficaz. Foi neste período que surgiram os antepassados das aves actuais. Outro mistério da evolução das aves é o motivo porque sobreviveram á grande extinção do final deste período, embora a endotermia talvez possa ser um factor a ter em conta.



Caracterização da classe



As suas características principais são:

Corpo forte e compacto - fundamental para uma boa adaptação ao voo, o corpo da ave é, de modo geral, relativamente pequeno, forte e compacto, com músculos poderosos;



Pele coberta de penas – a pele mole e flexível está frouxamente ligada aos músculos subjacentes e não apresenta glândulas (excepto a glândula uropigial, acima da cauda, que secreta um óleo que impermeabiliza as penas e evita que o bico se torne quebradiço).

As penas formam um revestimento leve e flexível, resistente e com inúmeros espaços aéreos úteis como isolantes. As penas das asas e cauda formam, ainda, importantes superfícies de sustentação da ave no voo. Por esse motivo, devido ao intenso desgaste que sofrem, as aves são muito cuidadosas na sua manutenção.

As penas crescem a partir de folículos, tal como as escamas dos répteis ou os pêlos dos mamíferos, e são exclusivamente epidérmicas. São formadas exclusivamente por queratina. A origem filogenética das penas não é clara, existindo teorias alternativas. Uma delas considera que as penas terão evoluído como revestimento isolante e não relacionadas com o voo.

Com excepção das avestruzes, pinguins e algumas outras aves completamente cobertas de penas, estas só crescem em certas partes do corpo, entre os quais existem espaços vazios. Existem 4 tipos de penas nas aves actuais: rémiges (penas de voo das asas, com contorno assimétrico, mais largas na parte interna, a favor do vento), rectrizes (penas de voo da cauda, simétricas), tetrizes (penas de cobertura, que proporcionam um contorno aerodinâmico) e plumas (penas muito delicadas, que formam a penugem que reveste todo o corpo).

A cor das penas é obtida por duas formas: presença de pigmentos na pena ou por reflexão da luz nas barbas da pena. Os pigmentos são variados, nomeadamente melanina (castanho a preto) e carotenóides (amarelo, laranja e vermelho). A reflexão total da luz produz plumagem branca, enquanto a reflexão parcial origina as brilhantes plumagens azuis e a maioria dos verdes. Se à reflexão se adicionar melanina obtém-se o verde azeitona, se se adicionar carotenóides um verde-alface vivo.

As penas sofrem mudas regulares, num processo gradual e ordenado, de modo a que nunca se formam áreas nuas. A mudança de penas nunca se realiza em épocas críticas (de elevado investimento metabólico), como quando se reproduzem, migram ou durante condições adversas (escassez de alimentos ou secas, por exemplo);



Esqueleto – totalmente ossificado, é simultaneamente delicado e forte, pois muitos ossos estão fundidos (o que diminui a necessidade de grandes músculos e tendões para os unir) e muitos outros são ocos. O facto de não conterem medula no seu interior torná-los-ia frágeis, pelo que são suportados internamente por uma rede de trabéculas ósseas. Muitos destes ossos ocos contêm sacos aéreos no seu interior, associados ao sistema respiratório.

O esqueleto das aves é modificado de modo a que se adapte ao voo, á locomoção bípede e á postura de grandes ovos de casca dura.

O crânio tem um côndilo occipital e o pescoço é tipicamente longo e flexível, permitindo a alimentação e o tratamento das penas.

O esterno é grande e com quilha, onde se apoiam os poderosos músculos das asas, o que impede a sua expansão durante a respiração.

A cintura pélvica é largamente aberta ventralmente, permitindo a passagem fácil dos ovos nas fêmeas. As vértebras caudais são pouco numerosas e comprimidas;



Extremidades – patas anteriores transformadas em asas para voar, que embora tenham o padrão tetrápode típico, estão bastante modificadas: o número de dedos está reduzido e muitos ossos estão fundidos. Além disso, todas as articulações da asa, com excepção da do "ombro" não são flexíveis no plano vertical. Assim, quando a ave voa as asas formam uma superfície quase plana, com batimentos apenas ao nível da ligação ao corpo, o que poupa energia.

As patas posteriores têm geralmente 4 dedos (3 virados para a frente e um para trás, o sistema ideal para se empoleirar) com garras córneas e revestidas por escamas epidérmicas, adaptadas a andar ou nadar (neste caso com membranas interdigitais). No entanto, existem aves com apenas 2 dedos no total (avestruzes, por exemplo) ou com 2 dedos virados para a frente e dois para trás (pica-paus, por exemplo).

As patas posteriores são muito fortes e resistentes, permitindo ao animal lançar-se para o ar e amortecer a aterragem;



Sistema nervoso e órgãos dos sentidos – a visão é um sentido primário nas aves, tendo os olhos grandes uma elevada acuidade visual e uma rápida acomodação. A retina contém maior número de receptores por unidade de área que os restantes vertebrados (em algumas espécies 8 vezes mais). Os olhos estão rodeados por pálpebras e membrana nictitante.

Os ouvidos abrem atrás dos olhos, protegidos por penas especiais, e são igualmente eficientes. As narinas abrem no maxilar superior, mas a quimiorrecepção (olfacto e gustação) é muito pobre, devido ao estilo de vida destes animais;



Sistema digestivo – boca rodeada por um bico pontiagudo, leve e flexível e com revestimento córneo (queratina) que cresce continuamente, para substituir possíveis desgastes. Quando aberto, tanto o maxilar inferior como o superior se deslocam, obtendo-se uma ampla abertura. A forma do bico revela os hábitos alimentares da ave, pois a sua forma está a eles adaptada.

O papo que humedece e armazena os alimentos e a moela musculosa, onde, com a ajuda de pequenas pedras, o alimento é triturado são característicos da aves. O ânus abre na cloaca.

O seu pequeno peso e elevado metabolismo levam a que as aves necessitem permanentemente de grande quantidade de alimentos de alto teor calórico. Os níveis de açúcar no sangue de uma ave são cerca de duas vezes superiores aos de um mamífero;



Sistema respiratório – os pulmões compactos estão presos ás costelas e ligados a sacos aéreos de paredes finas, que se estendem entre os órgãos viscerais. Este facto resulta da fraca possibilidade de expansão da caixa toráxica, muito rígida para melhor sustentar os músculos do voo.

Os sacos aéreos ajudam ao processo respiratório e dissipam o calor gerado pelo elevado metabolismo. A caixa vocal, ou siringe, localiza-se na base da traqueia, útil para a comunicação a longas distâncias;




Sistema circulatório – coração com 4 câmaras, glóbulos vermelhos biconvexos e nucleados;



Sistema excretor – rins metanéfricos, associados a sistema porta-hemal. Não têm bexiga pois não produzem urina aquosa, o que reduz o peso total do animal;



Regulação de temperatura – endotérmicos ou homeotérmicos, permitindo-lhes permanecer activas durante todo o ano e á noite. O surgimento desta característica nas aves parece ter sido independentemente dos mamíferos, dadas as elevadas necessidades energéticas do voo. A temperatura interna das aves ronda os 40 – 42ºC;



Reprodução – a grande maioria das aves é monogâmica (pelo menos aparentemente), formando casais reprodutores. Os machos defendem um território e realizam complexos rituais de acasalamento, exibindo-se ou cantando para atrair as fêmeas.

Todas as aves são ovíparas e produzem ovos amnióticos com muito vitelo e casca calcária. Os ovos são sempre depositados externamente (geralmente num ninho) para incubação. O ninho fornece segurança, calor e um local isolado e longe de predadores para cuidar das crias. Os materiais de construção de ninhos dependem da dis

Fonte(s):

classes das aves




As aves (l. avis) são animais facilmente reconhecíveis, pois são animais comuns e diurnos. A sua coloração e canto chamam a atenção humana e muitas fazem parte da nossa alimentação regular.

Em consequência da sua adaptação ao voo, as aves são muito mais parecidas entre si que os animais das restantes classes tetrápodes.

A forma geral do corpo é fusiforme, oferecendo uma resistência mínima ao ar.

O seu revestimento corporal de penas é único e característico, isolando o corpo e permitindo não só o voo mas também a regulação de temperatura. O voo, por sua vez, permitiu ás aves ocuparem nichos ecológicos negados a outros animais, como as regiões árcticas.

A ciência que estuda as aves é a ornitologia (gr. ornis = ave).

As aves parecem ter evoluído de répteis do tipo dinossáurio arborícola, que se alimentava de insectos. Pensa-se que deverá ter sido esta a causa para o surgimento de muitas das características consideradas típicas das aves, nomeadamente os olhos grandes, patas com boa aderência e longo focinho (mais tarde modificado para bico). Talvez tenha mesmo sido essa a origem da endotermia, pois permitia tirar partido de zonas frias em que os insectos (seu principal alimento) se tornavam lentos e inactivos.

O fóssil de ave mais antigo data de há cerca de 150 M.a. durante o período Jurássico. Este animal do tamanho de um corvo ficou conhecido por Archeopteryx lithographica e apresentava características combinadas de réptil e de ave (asas, penas, focinho com maxilares com dentes, etc.). Não é claro se voava ou planava pois não possuía o esterno em forma de quilha, necessário á inserção dos músculos das asas.

Durante o Cretácico as aves diversificaram-se e evoluíram, tornando o voo mais eficaz. Foi neste período que surgiram os antepassados das aves actuais. Outro mistério da evolução das aves é o motivo porque sobreviveram á grande extinção do final deste período, embora a endotermia talvez possa ser um factor a ter em conta.



Caracterização da classe



As suas características principais são:

Corpo forte e compacto - fundamental para uma boa adaptação ao voo, o corpo da ave é, de modo geral, relativamente pequeno, forte e compacto, com músculos poderosos;



Pele coberta de penas – a pele mole e flexível está frouxamente ligada aos músculos subjacentes e não apresenta glândulas (excepto a glândula uropigial, acima da cauda, que secreta um óleo que impermeabiliza as penas e evita que o bico se torne quebradiço).

As penas formam um revestimento leve e flexível, resistente e com inúmeros espaços aéreos úteis como isolantes. As penas das asas e cauda formam, ainda, importantes superfícies de sustentação da ave no voo. Por esse motivo, devido ao intenso desgaste que sofrem, as aves são muito cuidadosas na sua manutenção.

As penas crescem a partir de folículos, tal como as escamas dos répteis ou os pêlos dos mamíferos, e são exclusivamente epidérmicas. São formadas exclusivamente por queratina. A origem filogenética das penas não é clara, existindo teorias alternativas. Uma delas considera que as penas terão evoluído como revestimento isolante e não relacionadas com o voo.

Com excepção das avestruzes, pinguins e algumas outras aves completamente cobertas de penas, estas só crescem em certas partes do corpo, entre os quais existem espaços vazios. Existem 4 tipos de penas nas aves actuais: rémiges (penas de voo das asas, com contorno assimétrico, mais largas na parte interna, a favor do vento), rectrizes (penas de voo da cauda, simétricas), tetrizes (penas de cobertura, que proporcionam um contorno aerodinâmico) e plumas (penas muito delicadas, que formam a penugem que reveste todo o corpo).

A cor das penas é obtida por duas formas: presença de pigmentos na pena ou por reflexão da luz nas barbas da pena. Os pigmentos são variados, nomeadamente melanina (castanho a preto) e carotenóides (amarelo, laranja e vermelho). A reflexão total da luz produz plumagem branca, enquanto a reflexão parcial origina as brilhantes plumagens azuis e a maioria dos verdes. Se à reflexão se adicionar melanina obtém-se o verde azeitona, se se adicionar carotenóides um verde-alface vivo.

As penas sofrem mudas regulares, num processo gradual e ordenado, de modo a que nunca se formam áreas nuas. A mudança de penas nunca se realiza em épocas críticas (de elevado investimento metabólico), como quando se reproduzem, migram ou durante condições adversas (escassez de alimentos ou secas, por exemplo);



Esqueleto – totalmente ossificado, é simultaneamente delicado e forte, pois muitos ossos estão fundidos (o que diminui a necessidade de grandes músculos e tendões para os unir) e muitos outros são ocos. O facto de não conterem medula no seu interior torná-los-ia frágeis, pelo que são suportados internamente por uma rede de trabéculas ósseas. Muitos destes ossos ocos contêm sacos aéreos no seu interior, associados ao sistema respiratório.

O esqueleto das aves é modificado de modo a que se adapte ao voo, á locomoção bípede e á postura de grandes ovos de casca dura.

O crânio tem um côndilo occipital e o pescoço é tipicamente longo e flexível, permitindo a alimentação e o tratamento das penas.

O esterno é grande e com quilha, onde se apoiam os poderosos músculos das asas, o que impede a sua expansão durante a respiração.

A cintura pélvica é largamente aberta ventralmente, permitindo a passagem fácil dos ovos nas fêmeas. As vértebras caudais são pouco numerosas e comprimidas;



Extremidades – patas anteriores transformadas em asas para voar, que embora tenham o padrão tetrápode típico, estão bastante modificadas: o número de dedos está reduzido e muitos ossos estão fundidos. Além disso, todas as articulações da asa, com excepção da do "ombro" não são flexíveis no plano vertical. Assim, quando a ave voa as asas formam uma superfície quase plana, com batimentos apenas ao nível da ligação ao corpo, o que poupa energia.

As patas posteriores têm geralmente 4 dedos (3 virados para a frente e um para trás, o sistema ideal para se empoleirar) com garras córneas e revestidas por escamas epidérmicas, adaptadas a andar ou nadar (neste caso com membranas interdigitais). No entanto, existem aves com apenas 2 dedos no total (avestruzes, por exemplo) ou com 2 dedos virados para a frente e dois para trás (pica-paus, por exemplo).

As patas posteriores são muito fortes e resistentes, permitindo ao animal lançar-se para o ar e amortecer a aterragem;



Sistema nervoso e órgãos dos sentidos – a visão é um sentido primário nas aves, tendo os olhos grandes uma elevada acuidade visual e uma rápida acomodação. A retina contém maior número de receptores por unidade de área que os restantes vertebrados (em algumas espécies 8 vezes mais). Os olhos estão rodeados por pálpebras e membrana nictitante.

Os ouvidos abrem atrás dos olhos, protegidos por penas especiais, e são igualmente eficientes. As narinas abrem no maxilar superior, mas a quimiorrecepção (olfacto e gustação) é muito pobre, devido ao estilo de vida destes animais;



Sistema digestivo – boca rodeada por um bico pontiagudo, leve e flexível e com revestimento córneo (queratina) que cresce continuamente, para substituir possíveis desgastes. Quando aberto, tanto o maxilar inferior como o superior se deslocam, obtendo-se uma ampla abertura. A forma do bico revela os hábitos alimentares da ave, pois a sua forma está a eles adaptada.

O papo que humedece e armazena os alimentos e a moela musculosa, onde, com a ajuda de pequenas pedras, o alimento é triturado são característicos da aves. O ânus abre na cloaca.

O seu pequeno peso e elevado metabolismo levam a que as aves necessitem permanentemente de grande quantidade de alimentos de alto teor calórico. Os níveis de açúcar no sangue de uma ave são cerca de duas vezes superiores aos de um mamífero;



Sistema respiratório – os pulmões compactos estão presos ás costelas e ligados a sacos aéreos de paredes finas, que se estendem entre os órgãos viscerais. Este facto resulta da fraca possibilidade de expansão da caixa toráxica, muito rígida para melhor sustentar os músculos do voo.

Os sacos aéreos ajudam ao processo respiratório e dissipam o calor gerado pelo elevado metabolismo. A caixa vocal, ou siringe, localiza-se na base da traqueia, útil para a comunicação a longas distâncias;




Sistema circulatório – coração com 4 câmaras, glóbulos vermelhos biconvexos e nucleados;



Sistema excretor – rins metanéfricos, associados a sistema porta-hemal. Não têm bexiga pois não produzem urina aquosa, o que reduz o peso total do animal;



Regulação de temperatura – endotérmicos ou homeotérmicos, permitindo-lhes permanecer activas durante todo o ano e á noite. O surgimento desta característica nas aves parece ter sido independentemente dos mamíferos, dadas as elevadas necessidades energéticas do voo. A temperatura interna das aves ronda os 40 – 42ºC;



Reprodução – a grande maioria das aves é monogâmica (pelo menos aparentemente), formando casais reprodutores. Os machos defendem um território e realizam complexos rituais de acasalamento, exibindo-se ou cantando para atrair as fêmeas.

Todas as aves são ovíparas e produzem ovos amnióticos com muito vitelo e casca calcária. Os ovos são sempre depositados externamente (geralmente num ninho) para incubação. O ninho fornece segurança, calor e um local isolado e longe de predadores para cuidar das crias. 





























































































































































microbios


Qual é a diferença entre germe, micróbio, bactéria, bacilo e vírus?

Qual é a diferença entre germe, micróbio, bactéria, bacilo e vírus?


Qual é a diferença entre germe, micróbio, bactéria, bacilo e vírus?
<TABD/>(Nivaldo Costa Pedro,
<TABD/>São Paulo, SP)

Todos são microorganismos: seres invisíveis a olho nu também chamados genericamente de micróbios ou germes. Os dois termos são do século 19, quando a tecnologia disponível ainda não permitia diferenciar um microorganismo de outro. A humanidade, aliás, passou a maior parte de sua história sem fazer idéia de que esses seres existiam. Apenas no século 17, quando foi aperfeiçoado o microscópio, a ciência pôde finalmente observar criaturas unicelulares em ação mas só as maiorzinhas, hoje chamadas de protozoários. No final do século 20, quando se tornou possível examinar o material genético dos micróbios, descobriu-se que há maior variedade entre eles do que entre animais e plantas. Os microbiologistas confessam ser incalculável o número total de espécies somando bactérias, protozoários e vírus aos tipos também microscópicos de fungos e algas. Com essa diversidade toda, os microorganismos foram os únicos seres que se adaptaram a todos os lugares do planeta: estão no ar, no fundo do mar, no subsolo e dentro de nós. Existem mais células de bactérias no nosso corpo do que células humanas, diz o microbiologista Jacyr Pasternak, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Geralmente, esses parasitas se aproveitam dos nutrientes de nosso organismo sem causar problemas e alguns até fazem bem, como certos lactobacilos que evitam infecções. Mas não faltam bactérias altamente perigosas. A Yersinia pestis, por exemplo, causou a famosa Peste Negra, que matou um terço da Europa entre 1347 e 1351, sem que se soubesse a causa da doença. Ela só pôde ser descoberta no final do século 19, quando o químico francês Louis Pasteur (1822-1895) demonstrou que as bactérias (qualquer microorganismo unicelular desprovido de núcleo), com sua grande capacidade de contágio, eram as verdadeiras responsáveis por várias doenças. Mas Pasteur também constatou que existiam microorganismos benéficos para a humanidade, ao observar que certos fungos microscópicos, as leveduras, eram responsáveis pela fermentação ou seja, sem elas não haveria pão, queijo, vinho ou cerveja. Tão importante quanto o célebre cientista francês foi seu contemporâneo Robert Koch (1843-1910), médico alemão que demonstrou como bactérias específicas causavam doenças igualmente distintas. Em apenas duas décadas (entre 1880 e 1900), o trabalho de Pasteur e Koch lançou as bases de uma nova ciência: a microbiologia, que, ao longo do século do 20, não pararia de revelar criaturas cada vez mais pequeninas. Não demorou para descobrirem que até as bactérias eram infectadas por seres ainda menores: os vírus. Por fim, a microbiologia se expandiu além da medicina, revelando que algas do tamanho de bactérias produzem de 30% a 50% do oxigênio que respiramos. Sem elas, a atmosfera, como a conhecemos, não existiria, afirma o microbiologista Gabriel Padilla, da Universidade de São Paulo (USP).

VÍRUS
Dez mil vezes menores que as bactérias, eles não passam de material genético com uma capa de proteína. Alguns cientistas nem os consideram seres vivos, porque não têm metabolismo próprio: usam as células dos organismos que invadem para se reproduzir. Só o vírus da AIDS matou 25 milhões de pessoas nos últimos 20 anos enquanto o da gripe espanhola eliminou o mesmo número em apenas dois anos (1918-1919). Aliás, os vírus da gripe, como o Influenza da foto, são extremamente difíceis de controlar, por estarem constantemente em mutação

PROTOZOÁRIOS
São unicelulares como as bactérias, mas possuem (assim como as células de plantas e animais) organelas, que ajudam a processar nutrientes e gerar energia, como minúsculos pulmões, estômagos e outros órgãos). Existem protozoários visíveis, de até 2 milímetros. Outros são mil vezes menores. O maior assassino entre microorganismos é um protozoário: o Plasmodium falciparum (na foto, atacando um glóbulo vermelho). Ele causa a malária, que mata 2 milhões de pessoas por ano

BACTÉRIAS
Seres unicelulares que não possuem sequer um núcleo separado por membrana. Depois dos vírus, são as criaturas mais simples que existem, medindo entre 0,5 e cinco milésimos de milímetro. Foram a primeira forma de vida a surgir na Terra, há 3 bilhões de anos. Com tanto tempo de vida, tornaram-se bem resistentes e algumas são inimigas temíveis, como a Neisseria gonorrhoeae (foto), que, sexualmente transmissível, causa a gonorréia, por exemplo. Por outro lado, são as grandes faxineiras do planeta, decompondo plantas e animais mortos.

BACILOS
Esse é o nome dado às bactérias em forma de bastão enquanto as esféricas são chamadas de cocos e as curvas, de vibriões. Os bacilos ficaram mais famosos por causarem doenças como a tuberculose cujo agente, Mycobacterium tuberculosis, é mais conhecido como Bacilo de Koch. Recentemente, o Bacillus anthracis (foto), que transmite a letal infecção antraz, ganhou notoriedade como arma bacteriológica na mão de terroristas. Mesmo assim, a grande maioria dos bacilos, como dos outros tipos de bactéria, não é nociva

FUNGOSA variedade é enorme. Alguns fungos, como os cogumelos, são bem desenvolvidos, mas os que interessam aqui são unicelulares e contêm organelas, como os protozoários. Entre os mais chegados ao ser humano está o Candida albicans, que causa micoses. Já o Penicillium roqueforti serve para fabricar queijos como gorgonzola e, claro, roquefort. Com outro fungo do gênero Penicillium, o notatum (foto), faz-se a penicilina, um os antibióticos que mais salvam vidas




sábado, 14 de maio de 2011

Os Répteis


Classe dos Répteis
Esses animais recebem tal nome pelo fato de apresentarem movimentos de rastejamento,  pois o termo REPTO em latim,  significa arrastar-se,  rastejar-se. Dentre os Répteis encontramos as tartarugas  -  esse termo se refere aos animais marinhos;  os jabutis,  que vivem em terra firme,  e os cágados,  animais semi-terrestres que vivem em água doce. As serpentes também são Répteis.  O nome Cobra designa apenas a Naja que possui uma membrana na cabeça e vive na Índia.  Dentre os Répteis,  também incluímos o enorme grupo dos lagartos,  jacarés e crocodilos. A pele desses animais não é molhada como a dos Anfíbios,  mas ela pode apresentar escamas ou constituir couraças ou armaduras. As tartarugas possuem uma pele semelhante a um escudo.  As serpentes apresentam escamas e os jacarés possuem uma pele endurecida em forma de armadura.  As várias espécies de lagartos apresentam peles de diferentes cores,  várias delas muito bonitas.  As serpentes mostram tipos muito interessantes de peles,  geralmente bastante coloridas e algumas vezes isso também ocorre na cobertura das tartarugas. Os répteis se distinguem dos Anfíbios pelo fato de possuírem pulmões desde o começo de suas vidas.  Eles não se submetem a trans formações tal como aquelas realizadas pelos Anfíbios,  pois não mudam do ambiente aquoso para o sólido,  para a terra firme.  Os jovens Répteis saem da casca de seus ovos e entram diretamente em contato com o âmbito terrestre.  Com exceção das serpentes,  os demais Répteis possuem membros.  As serpentes também possuem membros durante a vida embrionária,  mas eles vão sendo perdidos durante o desenvolvimento do animal,  ainda dentro do ovo.  Os Répteis possuem pulmões e pernas e não passam pelo estágio de peixe durante uma época do desenvolvimento.  Os Anfíbios ainda possuem uma alternância de um estágio análogo ao do peixe e outro estágio em terra firme.  Os Répteis decidiram ser habitantes da terra,  mas ainda temuma conexão com o habitat aquático. O sistema circulatório dos Répteis é diferente dos Anfíbios.  Estes desenvolvem 3 câmaras cardíacas e os Répteis 4.  Mas,  apesar do sistema circulatório dos Répteis ser ainda mais evoluído do que o dos Anfíbios,  este apresenta uma mistura de sangue venoso e arterial em grande quantidade.  Os Répteis são animais de sangue frio e a temperatura do sangue oscila em função do calor e do frio.  A temperatura dos Répteis ainda depende do meio ambiente.  Eles não possuem sangue quente como os Pássaros e os Mamíferos e gostam de aquecer-se ao Sol.  As serpentes,  os lagartos e os crocodilos apreciam muito o calor do Sol. Os Anfíbios são muito diferentes em relação a isso.  Eles preferem a penumbra e locais úmidos.  Os Répteis apreciam lugares secos.  As serpentes e os crocodilos colocam ovos com casca dura de carbonato de cálcio,  tal como os pássaros.  Os Répteis possuem muitas características em comum com os Pássaros. A serpente é o ser que mais representa o grupo dos Répteis.  É interessante notarmos que esses animais perderam os membros durante o desenvolvimento embrionário.  As serpentes desenvolveram membros e depois perderam-nos.  Isso nos mostra significativamente uma decadência. O esqueleto de uma serpente é algo muito estranho.  Esse animal apresenta numerosas costelas e não possui membros verdadeiros.  Além disso,  sua cabeça é muito pequena em relação ao resto do corpo. Por que isso?  Uma serpente é semelhante a um verme,  mas apresenta um esqueleto interior,  é um vertebrado e não um anelídeo.  Ela une as características de verme com certas qualidades dos animais vertebrados.  Além disso,  as serpentes possuem um grande estômago e um grande intestino,  o que confere a elas a possibilidade de devorar e digerir uma enorme quantidade de alimentos.  A pele das costas das serpentes,  em algumas espécies,  é decorada podendo se estender,  se esticar,  caso haja necessidade,  durante a digestão de um alimento muito grande.  Essa estranha criatura,  a serpente,  combina as características dos vertebrados e dos vermes que são constituídos de um tubo digestivo.  Serpentes e vermes representam um só indivíduo. As serpentes possuem pulmões.  Normalmente o pulmão esquerdo está atrofiado enquanto que o direito cresce muito e atinge a região do estômago.  Muitos outros répteis possuem pulmões como esse,  com o lado direito mais desenvolvido que o esquerdo,  existindo muitas variações. Tivemos ocasião de mencionar que a serpente possui uma cabeça bem pequena,  Isso nos mostra uma atrofia,  A cabeça da rã é bem desenvolvida.  A serpente perdeu os seus membros e também a sua voz.  Nenhum som permaneceu na voz da serpente além do sibilante  "S".  O pulmão desse animal se tornou excessivamente longo,  e sua voz tem apenas um som,  o da letra S,  que é a própria expressão desse ser. Ovos e serpentes jovens . Os ovos são amarelo-esbranquiçados com cerca de 2 cm,  um pouco viscosos e colocados no chão. O fato das serpentes,  durante a fase inicial de seu desenvolvimento embrionário,  possuírem membros e posteriormente perdê-los,  nos revela uma descida em seu desenvolvimento e isso nos traz uma sensação estranha quando observamos as serpentes.  Esse animal se arrasta tal como os vermes.  Ele deveria ter membros,  mas a única parte da serpente que tem algo a ver com os membros é a sua língua. É interessante observarmos o fato da serpente ter desenvolvido um corpo estreito e longo em vez de um organismo compacto com uma estrutura óssea.  Ela perdeu os membros e também não possui voz. Os Répteis possuem muitas características comuns com as Aves mas,  apesar disso,  mantêm um contraste distinto entre esses dois grupos.  Os Pássaros possuem uma voz muito desenvolvida.  Ao compararmos as Aves com as serpentes,  iremos observar enormes contrastes;  os Pássaros possuem um sistema de membros e todo o seu organismo está impregnado de uma qualidade musical.  O único som que a serpente possui é o som sibilante da letra S.  Mas a serpente é muito sensível e responde à música.  Esses animais deixam de apresentar a sua postura normal,  rente ao chão,  e se tornam fascinados pelos sons musicais.  Por essa razão,  a serpente exerce um feitiço,  um encanto em outros Répteis. Um fato interessante é o do crocodilo viver entre as aves.  O Grou,  pássaro de pernas longas,  pousa nas costas dos crocodilos para limpá-los.  Esses dois animais vivem em conjunto,  harmonicamente,  caracterizando um caso de simbiose.  Ao encontrarmos na natureza uma associação entre seres,  poderemos perguntar:  o que um perde e outro ganha?  No caso da simbiose um complementa o outro,  ocorrendo um trabalho no sentido positivo para os dois seres.  Existem porém,  outras associações que não são de simbiose mas de hostilidade mútua,  onde cada um trabalha para si,  mas também contra o outro,  num sentido negativo,  esse é o caso do parasitismo.  A anêmona do mar e o caranguejo eremita são outros pares de seres que nos dão um exemplo bem interessante de simbiose.  Devemos sempre considerar os organismos e a relação entre eles,  para entender como se processa a simbiose. A intensa vitalidade do sangue dos Répteis vai até os dentes venenosos da serpente.  Fortes músculos rodeiam a glândula produtora de veneno situada na cabeça da serpente e conduzem o veneno até os dentes.  Esse veneno ataca destrutivamente o sangue humano. Tal como mencionamos anteriormente,  a serpente é um ser muito estranho e podemos,  observando seu organismo,  notar como ela se degenerou de várias maneiras. Existem muitos fatos que podem ser mencionados a respeito dos Répteis e Anfíbios.  Podemos notar que existem poucos Répteis nas regiões norte do hemisfério Norte.  Na Europa,  a víbora vai se tornando cada vez mais rara à medida que vamos caminhando em direção ao norte.  Esse animal não é encontrado na Irlanda,  Isso também ocorre em relação aos Anfíbios.  Na região equatorial,  tanto Répteis quanto Anfíbios são encontrados em grande variedade e número. Outro fato interessante é o da serpente ter força,  e isso não está nos membros mas em seu olho.  O sapo também tem força em seus olhos,  mas não tão intensamente quanto as serpentes.  Existe veneno nos dentes das serpentes venenosas e também no olhar dos Anfíbios e Répteis.  A serpente possui um olhar rígido. Sabemos que as serpentes eram animais mais desenvolvidos no passado.  Elas perderam algumas qualidades.  Sua mobilidade,  anteriormente realizada por meio de membros,  foi dirigida,  como força,  para os dentes e para a língua. As serpentes apresentam algo estranho e mágico,  Podemos notar o encanto que a serpente exerce nos outros seres vivos.  Rousseau,  um francês que viveu no século XVIII,  hipnotizava sapos.  Ele olhava fixamente para eles e esses animais se tornavam rígidos.  Numa certa ocasião ele teve uma experiência muito desagradável:  não estava se sentindo muito bem e tentou hipnotizar um sapo.  Ocorreu o oposto;  ele próprio ficou rígido e caiu. A organização da vontade dos Répteis e Anfíbios é muito forte.  Existe uma inter-relação entre o ser humano e o animal.  Esses dois grupos de animais possuem uma grande ligação com a organização da vontade do ser humano.  Muitas pessoas tem um sentimento de repulsa instintiva por Répteis e Anfíbios.  Isso pode ser explicado pelo fato de nosso desenvolvimento intelectual e moral ter sido realizado em direção oposta àquelas forças de vitalidade que foram unilateralmente desenvolvidas pelos Répteis e Anfíbios. Resumindo:  encontramos 3 tipos de animais que pertencem ao grupo dos Répteis:  Lagartos,  Serpentes,  Crocodilos  (Tartarugas). Os lagartos apresentam o maior desenvolvimento dos nervos e dos órgãos dos sentidos em relação aos outros Répteis atuais. As serpentes são os Répteis mais típicos;  elas possuem o sistema digestivo muito desenvolvido. Os crocodilos desenvolveram os sistemas digestivo e de membros.  Todos os Répteis são anões remanescentes dos Sáurios que eram os grandes monstros da era Mesosóica.  Os Anfíbios E Répteis são miniaturas de tais seres.  Existem poucos representantes daqueles animais monstruosos que viveram antes do surgimento dos mamíferos e pássaros.  É principalmente nas vizinhanças da Índia,  no arquipélago himalaio e proximidades,  ou seja,  na região situada em torno do extinto continente Lemúrio,  onde ainda podemos encontrar um tipo de lagarto voador que,  apesar de sua forma diminuta,  evoca os grandes animais que viviam na pré-história.  Nessa região também existem miniaturas dos grandes Sáurios. O camaleão é um animal que se assemelha aos lagartos.  Apesar dele ser Anfíbio,  o fato dele mudar sua cor conforme o ambiente,  também nos mostra uma característica presente em eras antigas. A alteração das cores da pele,  segundo a cor do ambiente,  está ligada a um estado de excitação. Os Répteis realizam um desenvolvimento do sistema nervoso.  Os crocodilos possuem mais força e voracidade do que todos os outros Répteis atualmente existentes.  A parte inferior de seu corpo se tornou muito grosseira,  seus dentes são muito fortes.  Os crocodilos nos nos mostram uma relação íntima com os antigos Sáurios.  Os lagartos são os seres mais elevados entre os Répteis;  o crocodilo,  o mais baixo. As tartarugas,  com sua carapaça semelhante a uma concha,  constituem um tipo muito interessante de Répteis.  Podemos notar que uma tartaruga está completamente aprisionada em sua couraça.  Somente a cabeça,  membros e um rabinho conseguem sair dessa estrutura,  o que nos dá a impressão de um caranguejo,  que também é constituído numa estrutura de carapaça.  A tartaruga é um caramujo no mais alto grau de desenvolvimento,  com um incômodo corpo e uma cabeça diminuta lançada para a frente.  Todas as tartarugas e caramujos se distinguem por sua lentidão.  A morosidade dos jabutis e das serpentes é famosa. As tartarugas possuem uma certa ligação,  uma aproximação com os Anfíbios.  Encontramos nos Anfíbios e Répteis exemplos de metamorfose de um grupo em outro,  onde existem muitos exemplos de transições.  Ao remontarmos à evolução da Terra,  entes da extinção dos grandes Sáurios,  iremos notar que existiam naquelas antigas épocas,  três tipos principais de Répteis semelhantes aos dragões,  a saber:  Pleiosauros,  Ictiosauros e Sáurios voadores. Os Pleiosauros apresentavam um volume enorme e o porte era semelhante ao dos hipopótamos mas muito maior;  seus membros eram enormes mas finos,  e seus pés eram palmípedes,  e isso sugere que tais animais viviam em ambientes pantanosos,  Eles possuíam um pescoço comprido como o de uma girafa e uma longa cabeça. Os Ictiosauros eram mais parecidos com os Peixes. Existiam ainda os Sáurios voadores que realizavam um movimento de bater asas,  sendo as mesmas constituídas por membranas situadas nas extremidades dos membros posteriores.  As condições atmosféricas daquela época eram diferentes da atual,  principalmente em relação à densidade do ar que era maior naquela época. Todos os Sáurios daquele período tinham enormes olhos,  pois a luz do Sol penetrava com dificuldade essa densa camada de ar saturado de umidade.  Houve um tempo onde todos os Sáurios foram destruídos e todo esse meio ambiente pantanoso da Terra sofreu uma profunda modificação.  Os Sáurios não puderam resistir a essa mudança do meio ambiente. Poppelbaum,  em seu livro  "Homem e Animal",  descreveu como ocorreu essa transformação na evolução da Terra.  O ser humano daquela época ainda não tinha surgido na Terra.  Não existiam seres humanos no período dos Sáurios.  Toda a Terra e o seu meio ambiente sofreram profundas transformações.  A atmosfera clareou,  a Terra se tornou mais sólida,  o chão mais firme.  O mundo dos Sáurios desapareceu e com ele,  as criaturas monstruosas.  A partir daí,  surgiram as Aves e os Mamíferos,  bem como as plantas com flores,  as Angiospermas.  Na lacuna deixada pelo desaparecimento dos Sáurios,  surgiram cinco PHYLA de Vertebrados: Aves,  Mamíferos,  Répteis,  Anfíbios e Peixes. No Museu de Historia Natural de Stuttgart,  existe uma coleção de fósseis da era Jurássica,  onde constatou-se que esses Sáurios extintos eram criaturas vigorosas.  Nesse museu encontramos remanescentes dos mesmos,  com formas muito estranhas,  alguns parecidos com dragões.  Nenhum deles vive no mundo atual,  apenas alguns representantes muito menores e mais sofisticados,  pertencentes ao grupo dos Répteis.  A enorme quantidade de Sáurios desapareceu da Terra atual. Mencionamos inicialmente as Aves e Mamíferos,  os animais superiores.  Tentamos mostrar que o ser Humano guarda uma intensa relação com o mundo animal.  O Homem une em si,  tudo aquilo que cada um dos animais representa de maneira unilateral. Depois do estudo dos Pássaros e Mamíferos,  examinamos o reino dos animais inferiores abordando os Protozoários.  Após esse estudo,  abordamos os Celenterados que são animais que diferenciam a estrutura digestiva da nervosa.  Em alguns deles,  o sistema cabeça está mais desenvolvido,  em outros,  é o corpo que se desenvolve. Os Peixes inauguram o ramo principal dos organismos mais aperfeiçoados,  Os animais situados num grau mais abaixo terminam nos Peixes.  Após termos estudado esse grupo,  tivemos a ocasião de mencionar como alguns seres deixaram a água e constituíram membros.  Uma tentativa de formação de um sistema circulatório capaz de lidar com uma circulação que percorre um corpo quente,  de temperatura constante,  ainda não conseguiu ser realizada no domínio dos Sáurios.  Tais seres saíram do processo evolutivo geral. Existe uma grande lacuna no processo de evolução na região compreendida entre Peixes e Animais superiores.  O mais completo e perfeito organismo que o reino animal foi capaz de elaborar,  foi realizado:  o ser humano sobre a Terra. O reino animal mais inferior está relacionado com o desenvolvimento do Cosmos. O reino animal superior está mais ligado com o ser Humano.  No momento em que o reino dos animais inferiores toca o reino dos animais superiores,  surge o Homem. Terminamos o estudo dos 12 Phyla dos grandes grupos do Reino animal.  Iremos tratar do relacionamento entre os diferentes grupos de animais e o ser humano e estudar a relação do Homem com o reino animal e o Cosmos.  Este será o conteúdo das duas conferências finais deste ano.























Os fungos


Os fungos exercem um papel valiosíssimo na reciclagem dos elementos da natureza, desmanchando (digerindo) praticamente de tudo. Imaginem o que fazem no nosso corpo. Na pele causam inflamações chamadas genericamente de "impinge" (ptiríase vesicolor), e as micoses dos pés, virilha, e dobras em geral. Causam também inflamações nas unhas, tanto na base (candidíase) como na ponta (escurece e descasca). Na boca são os "sapinhos" (grumos brancos principalmente em crianças), na vagina dão o corrimento esbranquiçado parecendo leite coalhado. Nos órgãos internos podem crescer praticamente em qualquer lugar, desde os intestinos até às meninges, com a ressalva de acontecer isto basicamente com os imuno-deprimidos como na AIDS e no câncer.
 
Não é por acaso que nas leis que recebemos no antigo testamento, a regulamentação sobre fungos é a mais extensa entre todas. Fungos nas leis? Exatamente! A confusão existe basicamente por uma questão semântica: a palavra "lepra" significa mancha. A doença hanseníase causada pelo micobacterium leprae causa, entre suas diversas manifestações; manchas na pele. Os fungos, além de causarem manchas na pele, também causam manchas (lepra) nas roupas, sapatos, utensílios e paredes, dependendo do contato que estes tenham com a umidade contínua (Levítico 13 e 14).
 
Todo o estigma existente com a doença hanseníase deveria, segundo a legislação bíblica ser direcionado aos fungos, talvez à umidade contínua. Desta maneira, seguramente estaríamos livres de muitos males.
Vamos analisar os detalhes de um destes males que na maioria das vezes nem estamos conscientes: O bolor quando cresce em um canto de parede, geralmente o outro lado da parede do banheiro, no rumo do chuveiro, forma uma mancha escura, que se aumentar fica parecendo com musgo verde. Se olharmos de perto parece algo aveludado, e se tocarmos sobe uma fumacinha (como numa laranja ou pão embolorado). Esta névoa que sobe são os esporos, mais leves que o ar e que permanecem em nebulização (flutuando no ar) no ambiente onde existem estas "lepras". Ao respirarmos, estes esporos entram nos seios paranasais (frontais, maxilares, etmoidais e esfenoidais) além de entrarem na trompa de Eustáquio (tubo que liga o ouvido ao nariz). Ao entrarem em uma cavidade revestida de pele úmida (mucosa) encontram o meio ideal para crescer: umidade contínua. Este crescimento cria uma reação do corpo na forma de inflamação na mucosa fazendo-a inchar. Como estas cavidades comunicam-se com o nariz através de pequenos canais, ao incharem tampam estas ligações. Inflamação, bolor crescendo, bolsa (cavidade) fechada, cheia de pus, isto é a sinusite. Aí está uma das razões de sua cronicidade: a reinfecção, pois mesmo que trate e melhore, ao voltar respirar (inalar) os esporos das lepras nas paredes, a infeção se restabelece.
 
Mas não para por aí, pois além da infeção local (sinusite), os fungos causam reações à distância, através da resposta imune do hospedeiro, ou seja: eles são muito alergênicos (maiores detalhes deste aspecto estão no final deste texto). Assim, aqueles indivíduos que apresentem pré-disposição a alergia, vão ter os sintomas aumentados, ou fazê-los aparecer; um exemplo fácil de compreender é a bronquite. Mas as manifestações alérgicas podem acometer praticamente todos os tecidos do corpo: pele, intestinos, juntas, vasos, etc. Alergia nestes tecidos causam inflamações resultando nos mais diversos sintomas.
 
Com a sinusite esfenoidal temos um problema a mais: hipofunção hipofisária. A hipófise é como que "refrigerada" pelos seios esfenoidais, dada sua íntima relação com eles, apoiada na sela túrcica (no centro da cabeça, na base do crânio). Ela é uma glândula ligada diretamente à parte emocional do cérebro (hipotálamo) e comanda o funcionamento das outras glândulas (ovários, mamas, testículos, tireóide, inclusive o crescimento). A limpeza do seio esfenoidal (drenando o catarro acumulado e evitando que volte a congestionar) ajuda crianças com deficiência de crescimento voltarem a crescer, associado à melhora dos níveis do hormônio de crescimento.
 
Sintetizando: a sinusite causada pelo bolor produz inflamação local, reações alérgicas e desequilíbrio hormonal. Isto é apenas um exemplo de infeção por fungo... Com isso reafirmo: devemos repudiar todo tipo de lepra (manchas); nas paredes, nas roupas, nos calçados, nos utensílios...